domingo, 12 de dezembro de 2010

Mateando e musiqueando: "Negro de 35"


NEGRO DE 35

Composição:José Rufino de Aguiar Filho e Clóvis Souza

A negritude trazia a marca da escravidão;
Quem tinha a pele polianga vivia na escuridão;
Desgarrado e acorrentado, sem ter direito a razão.

Castrado de seus direitos não tinha casta nem grei;
Nos idos de trinta e cinco, quando o caudilho era o rei;
E o branco determinava, fazia e ditava a lei.

Apesar de racional, vivia o negro na encerra;
E adagas furavam palas, ensangüentando esta terra;
Da solidão das senzalas tiraram o negro pra guerra;


Peleia, negro! Peleia, pela tua independência!
Semeia, negro! Semeia teus direitos na Querência!


Deixar o trabalho escravo, seguir destino campeiro;
As promessas de igualdade aos filhos no cativeiro;
E buscando liberdade o negro se fez guerreiro.

O tempo nas suas andanças viajou nas asas do vento;
Fez-se a paz, voltou a confiança, renovaram pensamentos;
A razão venceu a lança e apagou ressentimentos.

Veio a lei Afonso Arinos cultivando outras verdades;
Trouxe a semente do amor para uma safra de igualdade;
Porque o amor não tem cor, sem cor é a fraternidade.

Peleia, negro! Peleia, pela tua independência!
Semeia, negro! Semeia teus direitos na Querência!



UM EXCELENTE DOMINGO A TODOS E A TODAS!

  • Para assistir, no YouTube, "Negro de 35" na interpretação de César Passarinho, clique aqui.
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