Os efeitos da interdição podem ser conferidos em números. Desde a medida judicial, em dezembro de 2010, o Presídio Regional de Pelotas (PRP) expandiu a estrutura em 95 vagas: atualmente a capacidade é para 677 presos. No final do ano passado, cerca de 900 pessoas se aglomeravam onde deveriam estar 582. Agora, com a reativação de quatro celas fechadas há mais de quatro anos e a readequação de espaços no albergue, a população carcerária é de 835 detentos entre os regimes fechado, aberto e semiaberto. O total de excedentes caiu. Atualmente são 158 presidiários a mais do que o ideal. Naquele momento de crise eram 318.
As consequências da interdição também podem ser verificadas por uma cena-símbolo: os presos estão dentro das celas. Os corredores das quatro galerias foram devolvidos à livre circulação dos agentes. Quando a titular da Vara de Execuções Criminais (VEC), juíza Nilda Stanieski, determinou a interdição, o risco de rebelião era iminente. Atualmente, o comando do PRP voltou a estar 100% nas mãos da direção. Ao circular de uma ala a outra, nenhum preso anda de braços soltos. Naquele momento, mesmo que existisse o regramento, faltavam algemas.
Fonte: Diário Popular, acesso em 08 dez. 2011
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